quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Continuação...

 - Me sinto péssimo, Lu. Foi tudo minha culpa! Seu eu não tivesse deixado ela beber, se eu não tivesse deixado ela ir para o segundo andar...Talvez hoje, o meu filho estaria vivo!
  - Também não é assim. A culpa não foi só sua, foi uma coisa que infelizmente acabou acontecendo. Foi um acidente. Sei que é horrivel, era seu primeiro filho, mas você é novo, vai poder ter muitos outros...
  - As coisas aconteceram muito rápido. Agora que eu estava acostumado com a ideia de ser pai, de ter um filho!
  Ele se levantou e ficou sentado na minha frente:
  - Obrigado pela força. Sei que não mereço nada do que faz comigo, mas é muito bom saber que posso contar com você...
  - Que isso, Cauã. Pode contar comigo sempre!
  - Obrigado.
Ele me olhou bem nos olhos, eu abaixei a cabeça.
  - Esta tudo bem com você?
  - Esta sim! - eu menti.
  - O que aconteceu? Eu te conheço...
  - Não é nada Cauã.
  - Anda logo, Luíza. Fala o que esta acontecendo. Sei muito bem que tem alguma coisa ai...
  - Você ja tem problemas demais, não quero ficar te enchendo como os meus!
  - Até parece! Você não estava aqui me ajudando? Também posso te ajudar. Por favor, confia em mim, me diz o que houve!
  - Bom, saí da festa ontem mais cedo...
  - A propósito... - ele me interrompeu. - Me desculpe por ontem. Não queria que você tivesse presenciado aquela cena de ontem.
  - Esta tudo bem... Como eu ia dizendo, após ter saído da festa, cheguei em casa e meus pais estavam brigando. Descobri que eles vão se separar. Meu pai ja saiu de casa.
  - Separar? Por quê?
  - Meu pai tem outra. Sua secretaria, pra ser mais exata!
  - Não acredito! Deve ter algum engano nisso. Seu pai ama sua mãe. A gente quase não vê eles nem discutindo.
  - Eu também achava que ele a amava. Esse foi o engano. A minha mãe apareceu de surpresa no escritório dele e pegou eles aos beijos.
  - Nunca imaginei que seu pai tivesse coragem de fazer uma coisa dessa.
  - Pois é, nem eu!
  - Se precisar de alguma coisa, sabe onde me achar... Vou estar do seu lado aconteça o que acontecer!
  - Obrigada, digo o mesmo a você, Cauã.
  - Eu gosto muito de você, Lu. E não suporto te ver triste!
  - Também não gosto de te ver triste...
  - E gosta de mim também?
  - Eu preciso ir. Tenho que conversar com a minha mãe. Até mais...
    Me aproximei dele e quando fui dar um beijo em seu rosto, viramos para o mesmo lado sem querer e acabei beijando a boca dele. Ele começou a me  beijar mais profundamente, eu me afastei:
  - Não faça isso!
 Sai do quarto, deixando ele sozinho. 

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